Os títulos de renda fixa mais conservadores registraram as maiores rentabilidades em junho e no primeiro semestre de 2024, conforme apontam os resultados de diversos índices financeiros, segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Marcelo Cidade, economista da associação, explicou que “as incertezas e o ambiente de aversão ao risco que dominaram a maior parte do primeiro semestre favoreceram as aplicações mais conservadoras, tanto em papéis públicos quanto corporativos”.
Destaques dos Títulos Corporativos
Entre os títulos corporativos, o índice IDA-DI, que acompanha os títulos remunerados pela taxa diária DI, destacou-se com a maior rentabilidade de junho e do semestre, crescendo 1,07% e 6,95%, respectivamente.
Já as debêntures indexadas ao IPCA com incentivo fiscal, refletidas no índice IDA IPCA Infraestrutura, recuaram 0,65% em junho, mas acumularam um ganho de 2,63% no ano. As debêntures sem incentivo fiscal, acompanhadas pelo IDA Ex-Infraestrutura, tiveram uma performance similar, com queda de 0,39% no mês e um avanço de 2,89% no semestre.
O índice geral de debêntures, IDA, avançou 0,33% em junho e 5,12% no acumulado do semestre.
Desempenho dos Títulos Públicos
Entre os títulos públicos, as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), monitoradas pelo índice IMA-S, apresentaram a maior rentabilidade do mês, com um crescimento de 0,81%. No semestre, essas letras acumularam um crescimento de 5,32%.
Os papéis prefixados com vencimento de até um ano, representados pelo índice IRF-M 1, avançaram 0,63% em junho e 4,51% no semestre. Em contraste, os títulos prefixados com prazos superiores a um ano, refletidos no índice IRF-M 1+, recuaram 0,72% em junho, embora tenham registrado um crescimento modesto de 0,22% no ano.
Os títulos indexados à inflação, conhecidos como NTN-Bs, também tiveram resultados variados. O índice IMA-B 5, que reflete os papéis com vencimento de até cinco anos, registrou uma alta de 0,39% em junho e uma rentabilidade positiva de 3,32% no semestre. Por outro lado, o IMA-B 5+, que acompanha os títulos de maior duração, teve quedas significativas tanto no mês quanto no ano, de 2,25% e 5,04%, respectivamente.
No geral, o índice IMA, que agrega todos os títulos que compõem a dívida pública, apresentou uma variação positiva de 0,05% em junho, acumulando um retorno de 2,42% no semestre.