O setor de previdência privada aberta registrou um crescimento de 15,3% em 2024, alcançando R$ 196,1 bilhões em aportes, conforme o último relatório da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida). Esse valor representa um aumento significativo em comparação ao acumulado de 2023.
Em relação aos resgates, o valor total subiu 6,5%, totalizando R$ 135,4 bilhões em 2024. A captação líquida, que é a diferença entre os aportes e os resgates, foi de R$ 60,8 bilhões, com uma expansão de 41,2% em relação ao ano anterior.
Ao final de 2024, o setor de previdência privada aberta gerenciava aproximadamente R$ 1,6 trilhão, o que corresponde a 13,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Edson Franco, presidente da Fenaprevi, comentou sobre os resultados: “Fechamos 2024 com resultados muito positivos, fruto de um trabalho de conscientização da população em relação à necessidade de proteção previdenciária e securitária”. Ele também destacou que os resultados do Censo de 2022, divulgados pelo IBGE em 2024, mostraram que o envelhecimento populacional está se acelerando, o que coloca pressão sobre o sistema público de previdência e reforça a importância da previdência privada.
Além disso, Franco lembrou a importância das mudanças regulatórias do ano, como a decisão do STF de afastar a incidência do ITCMD para os produtos de acumulação previdenciária, e ressaltou o apoio dos três poderes do país às reformas no setor.
Para 2025, a Fenaprevi espera que o ambiente regulatório continue favorável para a expansão da proteção previdenciária no Brasil. Franco afirmou: “Será fundamental proteger, modernizar e garantir a segurança jurídica e previsibilidade quanto ao tratamento tributário aplicável aos produtos comercializados pelas sociedades seguradoras”.
VGBL lidera os aportes
O relatório revelou que o plano Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) foi o mais arrecadado em 2024, responsável por 91% da captação bruta total, somando R$ 178 bilhões. O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) arrecadou R$ 15 bilhões, ou 8% do total, enquanto os planos tradicionais de previdência arrecadaram cerca de R$ 3 bilhões.
Cresce o número de planos e participantes
Os aportes estão distribuídos entre mais de 14 milhões de planos, sendo 80% na modalidade individual e 20% na modalidade coletiva. Desses planos, 63% são do tipo VGBL, representando 8,9 milhões de planos, enquanto 22% são do tipo PGBL (3,1 milhões) e 15% são planos tradicionais (2,2 milhões).
Os planos de previdência privada aberta pertencem a 11,2 milhões de pessoas, o que equivale a 7% da população adulta do Brasil. Desses, 9 milhões possuem planos individuais, enquanto 2,3 milhões estão em planos coletivos.
Franco concluiu, destacando o impacto positivo dos produtos de proteção à renda nas famílias: “Nossos produtos de proteção à renda fazem a diferença na vida das famílias, tanto para assegurar uma aposentadoria que permita um envelhecimento digno, como para oferecer amparo financeiro em uma situação de doença, invalidez ou morte prematura.” Ele reiterou o compromisso contínuo da Fenaprevi em ampliar a população protegida no país.