O JP Morgan Asset Management lançou seu sétimo Relatório Anual de Perspectivas Globais de Ativos Alternativos, que oferece uma visão de 12 a 18 meses sobre as principais classes de ativos alternativos e uma análise detalhada do panorama de investimento em evolução, que, nesta edição, será influenciado pelas mudanças nas políticas globais. No estudo, a firma revela que existem oportunidades em certos temas dentro dos ativos alternativos.
Em relação ao mercado imobiliário, o relatório destaca que ele pode ser beneficiado pelo crescimento e pela proteção contra a inflação, já que se espera que as políticas pró-crescimento da nova administração Trump impulsionem o aumento da receita operacional líquida. Dessa forma, existe potencial de proteção contra a inflação por meio de aumentos nos aluguéis e crescimento da receita de propriedades. Quanto às oportunidades de valorização, o mercado imobiliário dos Estados Unidos apresenta uma oportunidade de investimento geracional, já que as avaliações parecem ter tocado o fundo.
Sobre infraestrutura e transporte, o JP Morgan enfatiza a inflação e as dinâmicas comerciais como motores para esse segmento, pois eles estão bem posicionados para fornecer proteção crítica contra a inflação, à medida que a firma observa uma reconfiguração das cadeias de suprimento, bem como dos acordos comerciais. Quanto ao transporte global, espera-se que os ativos de transporte se beneficiem das mudanças nas rotas comerciais globais e da crescente demanda por logística nacional.
Os mercados secundários, por sua vez, oferecem um acesso eficiente ao capital privado e à atividade de crédito privado, permitindo que os investidores capitalizem empresas orientadas ao crescimento, enquanto mitigam os riscos da curva J e os fundos cegos. A expansão das alternativas no mercado de patrimônio privado também levou a um aumento nas estruturas semilíquidas, que geralmente dependem dos mercados secundários para obter liquidez e investir.
Em relação ao private equity, espera-se que a reforma fiscal e a desregulação nos Estados Unidos impulsionem a rentabilidade corporativa, revitalizando as atividades de ofertas públicas iniciais (IPOs), fusões e aquisições (M&A) e empréstimos. Esse ambiente provavelmente criará condições favoráveis para a realização de acordos e saídas no capital privado. De acordo com o estudo, os investidores devem ser cautelosos com as avaliações, especialmente para investimentos realizados no ambiente pós-pandemia, com taxas de juros baixas.
O relatório também detalha que um ambiente de crescimento robusto nos Estados Unidos e uma agenda de desregulação provavelmente apoiarão tanto os empréstimos públicos quanto os privados, «com o crédito privado capturando uma maior participação de mercado». Embora um ambiente de taxas de juros mais altas possa pressionar mutuários de menor qualidade, também é capaz de gerar oportunidades para estratégias de crédito em situações de estresse e especiais.
Quanto aos hedge funds, o relatório detalha que eles estão posicionados para navegar pelas mudanças nas políticas fiscal e monetária, com a volatilidade do mercado oferecendo oportunidades para a geração de alfa, particularmente por meio de estratégias long/short e fundos macro. Dadas as altas correlações nos mercados de ações e renda fixa, os fundos de hedge oferecem benefícios de diversificação atraentes e fontes de retorno não correlacionadas, concluem na instituição.
Segundo Jed Laskowitz, chefe global de Mercados Privados e Soluções Personalizadas, seu estudo de Perspectivas de Alternativos 2025 «aproveita mais de 50 anos de experiência como investidores em mercados privados, e este ano o relatório chega em um momento em que muitos tipos de investidores estão avaliando suas alocações em ativos alternativos». O especialista destaca que, com a economia dos Estados Unidos em uma fase de ciclo médio a tardio, «os mercados privados apresentam oportunidades potenciais para retornos superiores em relação aos mercados públicos, além de proteção contra a inflação e benefícios de diversificação».
Anton Pil, chefe global de Soluções de Alternativos, acrescentou que, em um ambiente onde as carteiras tradicionais «enfrentam obstáculos como altas avaliações, correlações positivas entre ações e títulos, e volatilidade persistente nas taxas, o caso para os alternativos se torna cada vez mais convincente. Essas condições ressaltam a importância de diversificar com investimentos alternativos para alcançar resultados mais resilientes nas carteiras».