A Jupiter AM anunciou o fechamento de seus fundos de dívida de países emergentes após a saída da equipe de gestão, assegurando que suas estratégias continuarão a ser apoiadas por sua equipe global, de acordo com um documento oficial da gestora ao qual a Funds Society teve acesso.
Matthew Morgan, diretor de Renda Fixa da Jupiter, afirmou também em declarações oficiais que, “após comunicar na semana passada que Alejandro Arévalo deixava a Jupiter, podemos confirmar que Reza Karim e Alejandro Di Bernardo também deixarão a empresa”.
Uma situação que levou a gestora a decidir fechar seus fundos de dívida emergente: “Apesar de contar com um histórico sólido, nossos fundos Emerging Market Corporate e Emerging Market Short Duration não conseguiram a aceitação suficiente entre nossos clientes, especialmente no mercado institucional, que é um dos principais objetivos da Jupiter. Após considerá-lo cuidadosamente, decidimos fechar ambos os fundos, sujeito às aprovações regulatórias. Reza e Alejandro deixarão a Jupiter a seu devido tempo após o fechamento ordenado dos dois fundos”, explica o responsável por Renda Fixa.
“As estratégias serão liquidadas seguindo as normas de mercado. Uma vez obtida a aprovação regulatória, será dado aviso aos clientes com pelo menos 30 dias de antecedência”, detalhou a gestora na nota enviada a seus clientes.
Além disso, Morgan acrescenta que “a Jupiter se concentra na criação de empresas em escala, cada uma com enfoques de investimento diferenciados, e o fechamento desses dois fundos é consistente com essa estratégia. Acreditamos nas oportunidades de crescimento estrutural e no apelo diversificador da dívida de mercados emergentes como classe de ativo. Nosso objetivo é construir uma franquia de mercados emergentes com maior atratividade para os clientes institucionais e de varejo, e estamos comprometidos em fazê-lo”.
Sem impacto em outras estratégias
Sobre o impacto da saída da equipe de emergentes nas demais áreas de renda fixa, Morgan garante que “não há nenhum impacto em nenhuma das outras estratégias de renda fixa, que continuam a contar com o apoio de nossa ampla e profunda equipe de analistas de crédito, que fornece cobertura setorial em todos os mercados desenvolvidos e emergentes”.
Algo que é enfatizado no comunicado enviado aos clientes: “Não se deve esperar um impacto nos processos de investimento ou desempenho das outras equipes. O impacto é limitado à contribuição da equipe em relação a debates e opiniões secundárias sobre alguns créditos específicos, que também estão presentes em outras estratégias. A Jupiter possui uma equipe de analistas de crédito global, que abrange tanto mercados desenvolvidos quanto emergentes. Todos os nossos fundos são apoiados pela equipe global, e assim foi e continuará sendo. Estamos muito orgulhosos do sucesso de nossa equipe de crédito ao longo dos anos.”
A gestora enfatiza que os fundos Dynamic Bond e Global High Yield “nunca dependeram nem dependem da equipe de dívida emergente. O Dynamic Bond possui uma quantidade relativamente pequena de créditos de mercados emergentes, que são investimentos de longo prazo muito bem conhecidos pela equipe existente. Tanto o Dynamic Bond quanto o Global High Yield continuam sendo apoiados pela equipe de crédito global, e continuaremos garantindo que no futuro todos os fundos recebam a cobertura de crédito adequada”.
A Jupiter AM acrescenta que, até a data, manterá sua filosofia de investimento e de risco/retorno.
Sobre a continuidade do restante das equipes de gestão, a entidade indica que “criou um ambiente de trabalho que permite aos profissionais de investimento ter independência e investir com um alto nível de autonomia. Avaliamos constantemente nossas taxas de retenção e as estruturas de incentivos e acreditamos que são muito competitivas. Temos demonstrado que essa cultura e estrutura permitiram atrair e reter profissionais altamente qualificados, evidenciado, por exemplo, pela recente contratação de Alex Savvides e Adrian Gosden com suas respectivas equipes”.