De janeiro a outubro de 2024, a previdência privada aberta no Brasil apresentou um desempenho expressivo, com captação líquida — arrecadação total descontados os resgates — de R$ 51,2 bilhões, marcando um crescimento de 57,3% em relação ao mesmo período de 2023. Os dados foram divulgados no relatório da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).
Ao todo, foram captados R$ 162,6 bilhões, um aumento de 16,9% na comparação anual, enquanto os resgates somaram R$ 111,4 bilhões, alta de 4,5%. Em outubro, os ativos totais investidos em previdência privada aberta ultrapassaram R$ 1,5 trilhão, representando 13,4% do PIB brasileiro, crescimento de 14,3% em relação ao ano anterior.
Planos VGBL dominam o mercado
Segundo o levantamento, os planos Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) continuam liderando o mercado, recebendo 92% dos aportes realizados nos primeiros dez meses do ano, cerca de R$ 150 bilhões. Os planos VGBL somam 8,8 milhões, enquanto os do tipo Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) — que arrecadaram R$ 10,2 bilhões, ou 6% do total — chegam a 3 milhões. Já os planos Tradicionais, com 2,1 milhões de contratos, captaram R$ 2,5 bilhões no período.
Proteção financeira cresce no país
O número de pessoas com pelo menos um plano de previdência privada aberta atingiu 11,2 milhões em outubro, representando cerca de 7% da população adulta. Ao todo, há mais de 14 milhões de planos ativos no Brasil, sendo 80% individuais e 20% coletivos.
A evolução reforça o papel da previdência privada como uma ferramenta de proteção financeira e investimento a longo prazo, destacando o crescimento contínuo do setor mesmo em um cenário econômico desafiador.