A fintech israelense Bridgewise, que tem a B3 como sócia, quer atrair o investidor pessoa física do Brasil, disponibilizado uma plataforma de recomendação de ações que usa inteligência artifical e machine learning.
Em abril, a empresa captou US$ 21 milhões em uma rodada de investimento Série A. Hoje, ela atua em mais de 15 países, incluindo Austrália, Japão, Singapura, Suíça, Reino Unido, e EUA. No Brasil, a fintech já começou seu desembarque, e tem uma missão. “Queremos que todo investidor pessoa física tenha acesso a nossa análise”, diz Thiago Guedes, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Bridgewise no Brasil, em conversa com a Funds Society, durante o evento AInvest, realizado pela empresa na sede da B3, em São Paulo.
Segundo Guedes, a ideia é que esse acesso do investidor pessoa física aconteça via parceiros, no formato B2B2C. Um deles é a B3, que investiu na Bridgewise através do fundo L4 Venture Builder, seu fundo de venture capital, e grandes plataformas de investimentos, além de bancos. “O meio de acesso à plataforma será definido pelos parceiros, que podem escolher métodos de assinaturas”, diz o diretor.
A plataforma da fintech israelense promete acessar ao menos 80% de todas as ações globais, com um track record das empresas. “Pegamos um histórico de 20 anos da empresa, e vemos como esses dados impactaram o preço da ação e do setor onde a companhia atua. Se num setor, o índice P/L foi o que mais impactou, por exemplo, ele dá um peso maior para esse parâmetro. E assim ele vai dar uma recomendação de compra e venda”, explica Guedes.
O robô também tem uma parte de análise técnica, que dá uma recomendação independente da fundamentalista. Olhamos também médias móveis, IFRs, estocásticos, suporte e resistência, o que fazemos diariamente. Nossa análise fundamentalista é trimestral”, diz.