A Eurocopa 2024 começa hoje, 14 de junho, com a cerimônia de abertura e a partida inaugural entre Alemanha e Escócia. Mas o esporte rei será protagonista pelos gols e pelos grandes investimentos que movimenta. Em resumo, muitas coisas estão acontecendo no futebol dentro e fora do campo, segundo uma análise da Preqin.
Enquanto a bola rola na Alemanha, o Manchester City, campeão da Inglaterra, empreendeu ações legais contra a Premier League inglesa (EPL) por causa das regras sobre acordos comerciais dos clubes com empresas vinculadas aos seus proprietários. A medida pode “alterar drasticamente o panorama do futebol profissional”, segundo publicou recentemente o London Times. O Manchester City é propriedade do xeque Mansour, de Abu Dhabi, através do seu City Football Group, no qual a empresa internacional de capital de risco Silver Lake também possui uma participação significativa.
Numa época em que os gestores de fundos se tornaram protagonistas do esporte, os vínculos financeiros complicados são cada vez mais comuns. Mas a propriedade externa não é bem-vinda em todos os lugares.
No ano passado, Advent International, Blackstone, CVC e EQT estavam interessados em comprar uma participação de 1 bilhão de euros pelos direitos audiovisuais da Bundesliga alemã. Mas a DFL Deutsche Fußball-Liga abandonou o acordo em fevereiro, em meio a protestos generalizados dos torcedores que incluíram moedas de chocolate e fogos de artifício presos a carros controlados por rádio. A CVC já possui uma participação nos direitos de transmissão da Ligue de Football Professionnel francesa.
A Alemanha continua sendo um caso atípico, em parte porque seus clubes estão protegidos de aquisições totais de acionistas. Na Inglaterra, Clearlake Capital possui uma participação no Chelsea. O Ipswich Town, recém-promovido à EPL, recebeu em março 105 milhões de libras por 40% de seu capital da Bright Path Sports Partners, sediada em Ohio.
O Everton, clube da Premier League, acaba de ver anulado um possível acordo com a 777 Partners. Entre os investimentos desta empresa de Miami no futebol europeu estão o Genoa, o Sevilla e o Standard de Liège.
A RedBird Capital Partners (AC Milan, Toulouse e Liverpool), sediada em Nova York, arrecadou recentemente 4,7 bilhões de dólares para investir em esportes, mídia e serviços financeiros. Assim como as 24 seleções nacionais que competem na Eurocopa, seu objetivo é triunfar no maior esporte mundial.